quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cidadãos Ilustres




Nosso  inimigo principal não é o imperialismo, nem a burguesia, nem a burocracia. Nosso inimigo principal é o medo, e o levamos dentro”.
(Domitila Bairros, uma das valorosas mulheres que ajudaram a derrocar a ditadura militar boliviana em 1978).

Noticias sobre o Mercosul aparecem na grande mídia brasileira quando existe algum conflito comercial entre Brasil e Argentina. Geralmente, a disputa é induzida pela FIESP (“Federação das Indústrias do Estado de São Paulo”) e a UIA (“Unión Industrial Argentina”) que pressionam os respectivos governos representando exatamente os mesmos interesses (e o mesmo capital) de ambos os lados da fronteira. Porém, o Mercosul é (ou deveria ser) muito mais do que um acordo comercial para agradar capitais com vantagens alfandegárias. A integração cultural da América Latina precede qualquer interesse comercial. O interesse por facilitar mercados deveria se basear no sentimento de irmandade e solidariedade, esquecido no meio do medo, da desagregação e do egoísmo imposto na América Latina toda desde a invasão européia.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ernesto

                                                                                                 Ernesto Sábato e José Saramago



Muitos personagens da história tem levado por nome Ernesto, de etimologia germânica ernest=serio.
Oscar Wilde em 1895 escreveu "The importnace of Being Earnest", traduzido como "A Importância de se chamar Ernesto" ou também, "A Importância de ser Honesto". É que o escritor irlandês brinca com os fonemas ingleses Earnest/Ernest, usados para identificar a personagem imaginária de sua comédia.

Aqui no Brasil, Ernesto lembra o general gaúcho que governou durante os anos 1974-79. Mas o Ernesto mais famoso e mítico é, sem dúvida alguma, Ernesto Guevara de la Serna, “el Che”, do qual não poderia agregar aqui nem uma palavra, às tantas que já foram escritas sobre ele. Porém, hoje eu queria falar de outro Ernesto, também argentino,  também controverso.