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domingo, 11 de setembro de 2011

11-9


Olho por olho, e o mundo acabará cego”, Mahatma Gandhi


A mídia eletrônica repercute insistentemente a data 11-9: o mundo mudou, dizem alguns, segurança máxima, provocam outros. Do norte sopram ventos de dor, incompreensão e confusão.

Do sul, porém, os ventos são mais frescos e carregados de esperança. “La Moneda”, em Santiago, observa com olhos impávidos a mobilização pacífica e massiva de estudantes exigindo educação pública, gratuita e de qualidade, negada sistematicamente desde aquele 11-9 de 1973. Aquela terça feria pela manhã, as torres da democracia, construídas arduamente por um tal de Salvador Allende, derrubavam-se sob o bombardeio dos aviões de um dos sistemas mas cruéis que temos conhecido, desenhado precisamente por aqueles que sofreram em carne própria, tantos anos depois, o terror de outros aviões, outro 11-9.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cidadãos Ilustres




Nosso  inimigo principal não é o imperialismo, nem a burguesia, nem a burocracia. Nosso inimigo principal é o medo, e o levamos dentro”.
(Domitila Bairros, uma das valorosas mulheres que ajudaram a derrocar a ditadura militar boliviana em 1978).

Noticias sobre o Mercosul aparecem na grande mídia brasileira quando existe algum conflito comercial entre Brasil e Argentina. Geralmente, a disputa é induzida pela FIESP (“Federação das Indústrias do Estado de São Paulo”) e a UIA (“Unión Industrial Argentina”) que pressionam os respectivos governos representando exatamente os mesmos interesses (e o mesmo capital) de ambos os lados da fronteira. Porém, o Mercosul é (ou deveria ser) muito mais do que um acordo comercial para agradar capitais com vantagens alfandegárias. A integração cultural da América Latina precede qualquer interesse comercial. O interesse por facilitar mercados deveria se basear no sentimento de irmandade e solidariedade, esquecido no meio do medo, da desagregação e do egoísmo imposto na América Latina toda desde a invasão européia.