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terça-feira, 14 de junho de 2011

Borgianas





Y la ciudad, ahora, es como un plano
de mis humillaciones y fracasos;
desde esa puerta he visto los ocasos
y ante ese mármol he aguardado en vano.
Aquí el incierto ayer y el hoy distinto
me han deparado los comunes casos
de toda suerte humana; aquí mis pasos
urden su incalculable laberinto.
Aquí la tarde cenicienta espera
el fruto que le debe la mañana;
aquí mi sombra, en la no menos vana
sombra final se perderá, ligera.
No nos une el amor sino el espanto;
será por eso que la quiero tanto.

                                                   Jorge Luis Borges

terça-feira, 19 de abril de 2011

Névoas...


Se aproxima o feriadão de semana santa e, provavelmente, muitos aproveitarão a folga para conhecer algum lugar "exótico". Nos últimos tempos, dada a conjuntura econômica, Buenos Aires é um desses destinos escolhidos por muitos turistas. Uma dica interessante, que deveria ser regra de todo viajante, é tentar evadir-se dos circuitos turísticos comerciais e aventurar-se a percorrer "o bairro", a cidade real, fazendo contato com pessoas reais, longe dos estereótipos criados ao longo de tanto tempo. A percepção da cultura da cidade ajuda a vivenciar com mais intensidade esta experiência singular. Neste sentido, a poesia apresenta uma perspectiva privilegiada que, com certeza, fará com que esses dias de férias sejam muito mais do que um divertimento. E, quem não for viajar, pode aproveitar a poesia e a música para fazê-lo, desfrutando da liberdade infinita que brinda esse meio de transporte.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A bíblia e o aquecedor ("la biblia contra el calefón")

O primeiro post serve para apresentar meu blog que, provavelmente, será um “cambalache”. Uma mistura de ideias e línguas, nem sempre claramente identificadas.

Cambalache é isso mesmo, uma palavra muito usada na região do “Rio de La Plata”, de forma algo despetiva, para se referir a uma coisa ou situação confusa, misturada, bagunçada e geralmente de pouco valor. Literalmente, “Cambalaches” eram lugares onde podia-se vender e comprar quase qualquer coisa, barganhando bastante. Dai a frase, famosa na Argentina, “a bíblia e o aquecedor” que denota essa mistura insolente.